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Artigos científicos, ativismo e conscientização na preservação e manutenção do meio ambiente e das espécies em seus habitats naturais para o equilíbrio dos ecossistemas. Scientific articles, activism and awareness in the preservation and maintenance of the environment and species in their natural habitats for the balance of ecosystems.
terça-feira, 28 de março de 2017
Ajudem a impedir que a Noruega inicie o massacre anual de baleias!
quarta-feira, 22 de março de 2017
Fundação divulga qualidade da água em 184 rios, córregos e lagos
Artigo por: Fundação SOS Mata Atlântica
22/03/2017
22/03/2017
A Fundação SOS Mata Atlântica apresenta neste Dia Mundial da Água um panorama sobre a qualidade da água de 240 pontos de coleta distribuídos em 184 rios, córregos e lagos de bacias hidrográficas do bioma. Apenas 2,5% dos locais avaliados possuem qualidade boa, enquanto 70% estão em situação regular e 27,5% com qualidade ruim ou péssima. Isso significa que 66 pontos monitorados estão impróprios para o abastecimento humano, lazer, pesca, produção de alimentos, além de não terem condições de abrigar vida aquática. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo. O levantamento foi realizado em 73 municípios de 11 estados da Mata Atlântica, além do Distrito Federal, entre março de 2016 e fevereiro de 2017. Os dados foram obtidos por meio de coletas e análises mensais de água realizadas por 194 grupos de voluntários do programa “Observando os Rios”, com patrocínio da Ypê.
“A principal causa da poluição dos rios monitorados é o despejo de esgoto doméstico junto a outras fontes difusas de contaminação, que incluem a gestão inadequada dos resíduos sólidos, o uso de defensivos e insumos agrícolas, o desmatamento e o uso desordenado do solo”, afirma Malu Ribeiro, especialista em Recursos Hídricos da Fundação SOS Mata Atlântica.
De acordo com ela, a qualidade regular em 70% dos pontos é um grave alerta. Além, disso, a indisponibilidade de água decorrente dos maus usos dos recursos hídricos é intensificada pela falta de atualização da legislação ambiental.
“É fundamental aperfeiçoar a legislação que trata do enquadramento dos rios, de forma a excluir os de Classe 4 da norma nacional. Essa classe, que na prática permite a existência de rios mortos por ser extremamente permissiva em relação a poluentes, mantém muitos em condição de qualidade péssima ou ruim, indisponíveis para usos”, acrescenta Malu.
Comparativo 2016-2017
O estudo comparou os resultados do monitoramento de 152 pontos fixos de coletas, distribuídos por cinco estados – Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo –, além do Distrito Federal. Foram consideradas as médias dos indicadores mensais do Ciclo 2016 (março de 2015 a fevereiro de 2016) e do Ciclo 2017 (março de 2016 a fevereiro de 2017).
Os indicadores apontam uma diminuição de pontos com qualidade ruim, passando de 54 (35,5%) para 48 (31,6%), mas um aumento de locais com água péssima, de 1 (0,7%) para 3 (2%). O estudo também destaca um aumento na qualidade regular, passando de 94 (61,8%) para 97 (63,8%), e nos pontos com qualidade boa, de 3 (2%) para 4 (2,6%).
“Essa leve tendência de melhora está associada a fatores climáticos, já que o aumento no volume e na vazão dos rios na região Sudeste no último ano contribuiu para a diluição de poluentes. Entretanto, tivemos a perda de qualidade em 15 pontos, sendo 13 localizados em capitais, resultado dos baixos índices de coleta e tratamento de esgoto”, explicou Malu Ribeiro.
Metodologia
Os dados das análises desse estudo seguem a metodologia de monitoramento por percepção da qualidade da água, especialmente elaborada para a Fundação SOS Mata e que tem como base o Índice de Qualidade da Água (IQA).
Para a medição dos parâmetros definidos no IQA, a SOS Mata Atlântica desenvolveu um kit de análise que é utilizado em campo por voluntários do projeto “Observando os Rios”. Os indicadores apurados são reunidos em um sistema online de dados georreferenciados, que totaliza e disponibiliza o resultado obtido em cada ponto de coleta pelos grupos de monitoramento em tempo real.
São avaliados 16 parâmetros do IQA: temperatura da água, temperatura do ambiente, turbidez, espumas, lixo flutuante, odor, material sedimentável, peixes, larvas e vermes vermelhos, larvas e vermes brancos, coliformes totais, oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), potencial hidrogeniônico (pH), fosfato (PO4) e nitrato (NO3). A totalização dos indicadores medidos resulta na classificação da qualidade da água, em uma escala que varia entre: ótima, boa, regular, ruim e péssima.
Sobre o Observando os Rios
O programa surgiu em 1991, com uma campanha que reuniu 1,2 milhão de assinaturas em prol da recuperação do Rio Tietê e originou o primeiro projeto de monitoramento da qualidade da água por voluntários, o “Observando o Tietê”. Para agregar outras bacias hidrográficas, a iniciativa foi ampliada e passou a se chamar “Observando os Rios”. Em nova fase, com o patrocínio da Ypê, o projeto agora tem como objetivo formar 10 grupos de monitoramento da qualidade da água em cada um dos 17 estados da Mata Atlântica. Atualmente, são 212 grupos de monitoramento que analisam a qualidade da água em 257 pontos, 197 rios, em 80 municípios dos estados de SP, RJ, ES, BA, MG, PB, PE, AL, CE, SC, PR, RN e DF envolvendo cerca de 3,4 mil pessoas.
Para saber mais e fontes:
Professor Ricardo Hisamoto - Biólogo.
segunda-feira, 20 de março de 2017
Apoie o Greenpeace na campanha em defesa dos corais na foz do rio Amazonas!
A exploração offshore (marítima) de petróleo ocorre em muitas partes do mundo.
Falhas e erros na extração dos recursos naturais (petróleo e gás), problemas estruturais nas plataformas, podem causar perdas de vidas e danos gravíssimos ao meio ambiente, sendo o vazamento de óleo o desencadeador da destruição de todo um ecossistema, que pode ser irreversível por centenas, ou se não, milhares de anos, dependendo das proporção do dano.
Os riscos na Amazônia pela exploração de petróleo, não só dos corais, mas de todo um ecossistema, são reais e não podemos aceitar, pois trata-se de uma tragédia anunciada.
Para relembrar, citarei em ordem cronológica, cinco casos de acidentes em plataformas, para que possamos ter uma noção da gravidade que a exploração de petróleo pode causar na Amazônia, Ártico, ou qualquer outro local do globo terrestre.
1- Alexander Kielland (1980)
A plataforma nomeada em homenagem a um escritor norueguês, localizada no campo de Ekofisk, Noruega, sofreu um grave acidente quando um dos principais braços horizontais de sustentação de sua estrutura se partiu, causando outras rupturas que deixaram a plataforma adernada num ângulo de 35º. Problemas na cadeia de comando e fracasso nas tentativas de lançar as baleeiras fizeram com que a maior parte dos trabalhadores não pudesse ser salva antes que a estrutura se quebrasse e a plataforma rolasse por completo. Dos 212 homens a bordo, 123 foram mortos.
2- Enchova (1984)
O acidente na plataforma da Petrobras situada na Bacia de Campos deixou 37 mortos e 23 feridos. A perfuração de um poço de petróleo provocou uma explosão seguida de um grande incêndio; quando um dos cabos de aço da baleeira na qual alguns trabalhadores tentavam escapar ficou preso, o outro se roupeu e a embarcação despencou de 30 metros de altura. A falta de manutenção adequada e condenação de alguns equipamentos da plataforma podem ter sido as principais causas do desastre.
3- Piper Alpha (1988)
O Acidente na Piper Alpha foi o mais famoso desastre ocorrido em plataformas de petróleo. A Piper operava no Mar do Norte, a mais de 220 quilômetros da costa da Escócia. Tudo aconteceu quando um vazamento de condensado de gás natural incendiou-se e causou uma grande explosão; uma segunda explosão, gerada pelo contínuo fornecimento de gás, engolfou então toda a plataforma. O agravante da situação foi o fato de a primeira explosão, que destruiu a sala de controle, ter provocado a morte da maior parte das pessoas que poderiam dar a ordem de evacuação aos trabalhadores, dificultando assim a rápida transmissão de informações e organização da retirada.
Além disso, a plataforma Tartan, próxima à Piper, permaneceu bombeando gás diretamente ao núcleo do fogo até a tubulação que ligava ambas se romper devido ao calor. Seus operários não possuíam autonomia para parar a produção, apesar de ver as chamas no horizonte. Então, era tarde demais. Uma embarcação especializada em combate ao fogo, Tharos, conseguiu aproximar-se da Piper, mas já não era possível impedir a destruição.
As causas do acidente foram o antiquado sistema de ordens de serviço, que também não foi seguido com rigidez, falhas em alguns sistemas de segurança, rotas de fuga que não eram bem conhecidas pelo pessoal (muitos que não encontraram as embarcações salva-vidas saltaram no mar), falta de treinamento e falhas de segurança no projeto de construção da plataforma. O resultado: 167 pessoas morreram, a maioria sufocada pela fumaça, e apenas 62 trabalhadores sobreviveram.
4- P-36 (2001)
O acidente na maior plataforma de produção de petróleo em alto-mar da sua época foi também o maior da Petrobras. Duas explosões num tanque de óleo e gás foram responsáveis pela tragédia que, das 175 pessoas a bordo, matou 11, todos integrantes da equipe de emergência. A plataforma atingiu 16º de inclinação após o alagamento de parte do compartimento. Apesar das tentativas de aprumar a estrutura novamente, 5 dias depois a P-36 sucumbiu e naufragou, arrastando consigo um reservatório de 1500 toneladas de óleo. A conclusão foi que o acidente ocorreu devido à “não conformidade quanto a procedimentos operacionais, de manutenção e de projeto”.
5- Deepwater Horizon (2010)
O desastre ocorrido no Golfo do México foi o segundo maior da história de acidentes petrolíferos, perdendo apenas para a Guerra do Golfo, embora fosse o maior dos desastres acidentais em termos de liberação de petróleo. A plataforma pertencente à empresa Beyond Petroleum explodiu com 126 pessoas a bordo, afundando menos de 48 horas depois. 11 trabalhadores morreram. Por uma falha no sistema de segurança, a tampa do poço onde era extraído o petróleo ficou aberta. Ao todo, 206 milhões de galões foram liberados na água.
Para saber mais e fontes:
Professor Ricardo Hisamoto - Biólogo.
Greenpeace Brasil
Um espetacular recife de corais na Foz do Rio Amazonas está ameaçado! #DefendaOsCorais! ASSINE: http://act.gp/2mUa6pi
terça-feira, 14 de março de 2017
O ciclo de vida dos parasitos causadores de patologias
Todo
ser vivo possui um ciclo de vida, onde nasce, cresce se multiplica e morre.
O parasito não é diferente. Seu ciclo de vida, também chamado de ciclo evolutivo, compreende um conjunto de transformações que se sucede em um único hospedeiro ou em vários, com ou sem passagem pelo meio exterior e que permitem ao parasito atingir a forma adulta da geração seguinte.
Por tanto, são determinados dois principais tipos de ciclo de vida parasitária: ciclo mono xênico, onde apenas um hospedeiro está envolvido; e ciclo heteroxênico, quando dois ou mais hospedeiros estão envolvidos.
O parasito não é diferente. Seu ciclo de vida, também chamado de ciclo evolutivo, compreende um conjunto de transformações que se sucede em um único hospedeiro ou em vários, com ou sem passagem pelo meio exterior e que permitem ao parasito atingir a forma adulta da geração seguinte.
Por tanto, são determinados dois principais tipos de ciclo de vida parasitária: ciclo mono xênico, onde apenas um hospedeiro está envolvido; e ciclo heteroxênico, quando dois ou mais hospedeiros estão envolvidos.
Diferentes tipos de hospedeiros
-
Hospedeiro Definitivo: aquele que possui a forma adulta do parasito, ou seja, a
forma sexuada.
-
Hospedeiro Intermediário: aquele que permite o desenvolvimento de formas
larvares, ou formas assexuadas do parasito.
-
Reservatório natural: ser vivo (ser humano, outro animal ou vegetal) ou
substrato (como o solo) em que um parasito pode viver e se reproduzir, e a
partir de onde pode ser veiculado para um hospedeiro. Não sofre com o
parasitismo.
-
Vetor: Todo inseto que carrega ou transporta o agente etiológico. Ele pode ser
mecânico, no qual não ocorre a multiplicação do parasito; ou biológico, onde
ocorre a multiplicação ou a realização de parte do ciclo evolutivo do parasito.
Penetração no hospedeiro e transferência do parasito
A
entrada do parasito no organismo do hospedeiro pode ser ativa ou passiva.
Quando a forma infectante do parasito tem capacidade própria de vencer as
barreiras do organismo e penetrar no corpo do hospedeiro, dizemos que tem penetração
ativa. Porém, quando o parasita adentra o hospedeiro pelo do intermédio de
vetores, ou através da ingestão de formas infectantes (como ovos ou cistos)
presentes na água ou em alimentos, ocorre então, a penetração passiva.
Uma
importante etapa na vida de um parasito é sua transferência para outro
hospedeiro,
onde continua seu ciclo evolutivo. A saída do parasito ou de suas formas reprodutivas
como larvas ou ovos, pode acontecer por meio das seguintes vias:
-
Fezes: a eliminação de formas infectantes pelas fezes ocorre nas parasitoses
intestinais
ou em algumas parasitoses do fígado.
-
Pele: em relação aos parasitos do sangue ou de tecidos, a principal forma de
saída, de um hospedeiro, é pelo sangue retirado por insetos hematófagos, em que
podem permanecer e reproduzir-se. Posteriormente, os insetos podem transferir
esses parasitos para outro hospedeiro.
-
Tecidos: certos parasitos permanecem nos tecidos musculares de animais. Quando esses
animais servem de alimento para outros, há a transferência desses parasitos.
Porém,
a sobrevivência e a permanência de um parasito em seu hospedeiro sempre
dependerão da relação entre a patogenia do parasito e a resistência do
hospedeiro. Além disso, existe um conjunto de medidas que visam interromper a
transmissão das parasitoses, denominadas medidas profiláticas ou profilaxia.
Algumas
delas são:
-
Diagnóstico clínico, epidemiológico e laboratorial.
-
Desinfecção e esterilização dos materiais
-
Uso de soros e vacinas devidamente testados
-
Proteção de alimentos e água
Amebíase
A amebíase é uma infecção do intestino
grosso causada pela Entamoeba histolytica, um parasita unicelular.
Ciclo de vida
Quando a infecção se inicia, os trofozoítos podem
causar diarreia, o que faz com que saiam do corpo.
1º - A transmissão direta ocorre através do contato com fezes
infectadas, alimentos contaminados devida à manipulação com falta de higiene.
2º - A transmissão indireta dos quistos é mais freqüente nas zonas
com más condições sanitárias, como os campos de trabalho não permanentes.
3º - As frutas e verduras podem contaminar-se quando crescem em
terra fertilizada com adubo humano, são lavadas com água contaminada ou são
preparadas por alguém que está infectado, reiniciando o ciclo.
Doença de
Chagas
Trata-se
de uma infecção generalizada essencialmente crônica, cujo agente etiológico é o
protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, habitualmente transmitido ao homem
pelas fezes do inseto hematófago conhecido popularmente como "bicho-barbeiro".
A transmissão pode ser feita também pela transfusão sangüínea, placenta e pelo
aleitamento materno.
Ciclo de vida
1º - O inseto “barbeiro” pica e defeca na ferida, o tripomastigota
passa das fezes à ferida.
2º - Os tripomastigota invadem as células onde se
transformam em amastigotas.
3º - Os tripomastigota invadem então novas células em
regiões diferentes do corpo e transformadas as amastigotas multiplicam nas células
assexualmente.
4º - As amastigotas
mutam-se para tripomastigota e destroem a célula saindo para o sangue.
5º - tripanomastigotas sanguíneos são absorvidos por
novo inseto barbeiro picando indivíduo já infectado.
6º - No
intestino do inseto barbeiro, transformam-se em epimastigotas.
7º -
Multiplicam-se e transformam-se em tripomastigota.
8º - E assim o ciclo continua com o inseto picando e
infectando um indivíduo...
Leishmaniose
A
leishmaniose é uma doença não contagiosa causada por parasitos (protozoário
Leishmania) que invadem e se reproduzem dentro das células que fazem parte do sistema
imunológico (macrófagos) da pessoa infectada.
Ciclo de vida
1º - As leishmânias
são transmitidas para os humanos a partir da picada de dípteros (mosquitos) que
se contaminam de outros humanos infectados ou a partir de vertebrados não
humanos como os canídeos (lobos, coiotes, cães), que funcionam como o
hospedeiro dos parasitos.
2º - O
mosquito pertence ao gênero Lutzomvia nas Américas e Phlebotomus no restante do
mundo, durante o repasto sangüíneo, a fêmea do mosquito ingere macrófagos
parasitados por leishmânias que no intestino do inseto, seguem o ciclo
necessário para seu desenvolvimento.
3º -
Posteriormente, ocorre a contaminação de seres humanos e animais pela picada do
mosquito infectado, gerando assim seu ciclo de vida.
Giardíase
A Giárdia é um
protozoário flagelado binucleado, presente no trato intestinal dos humanos e de
vários animais mamíferos no mundo inteiro. Estudos em cães revelam uma
prevalência de 10% a 20% em animais bem tratados. As maiores prevalências são
encontradas nos animais jovens, principalmente até um ano de idade,
encontrando-se de 26% a 50% de animais parasitados; e em canis, onde o parasito
pode ser encontrado em até 100% dos animais. Por outro lado, em gatos a
prevalência é menor, variando entre 1,4% a 11%. Apesar da alta prevalência, nem
todos os animais apresentam a doença clínica. Mesmo assim, a Giárdia tem importância epidemiológica
por causar uma doença séria (quando presente), além de possuir um elevado
potencial zoonótico.
Ciclo de
vida
1º - A contaminação
do hospedeiro ocorre por ingestão de alimentos, água e fômites contaminados com
cistos viáveis do parasito;
2º - Ao atingirem o estômago e o duodeno, os
cistos são rompidos pela ação das enzimas gástricas e pancreáticas. Cada cisto
libera dois trofozoítos que irão colonizar o Intestino Delgado do hospedeiro.
Sob condições apropriadas estes trofozoítos são novamente transformados em cistos.
3º - Cada um destes novos cistos poderá
romper-se no próprio hospedeiro liberando dois novos trofozoítos, ou então ser
eliminado nas fezes, após um período de pré-patência de 1 a 2 semanas. Uma vez no meio
ambiente, os cistos podem ser novamente ingeridos pelo hospedeiro, completando
o ciclo.
Toxoplasmose
A toxoplasmose
é uma protozoonose causada por protozoário, Toxoplasma gondii, que
acomete inúmeros vertebrados, inclusive o homem. É uma infecção muito difundida
no Brasil e no mundo, porém a prevalência e incidência, em diferentes regiões,
sofrem forte influência das características locais, como fatores ambientais,
alimentares, culturais, idade, entre outros.
Em pacientes imunocompetentes, a infecção
é geralmente assintomática e auto-limitada, quando sintomática apresenta-se com
sinais e sintomas inespecíficos, durando de semanas a meses. A sintomatologia
mais freqüente é linfoadenopatia (especialmente cervical), febre, mal estar,
sudorese noturna, mialgias, hepatoesplenomegalia.
Em paciente imunocomprometido
(transplantados, portadores de infecções virais e neoplasias) podem ocorrer
complicações mais sérias, como o quadro de
neurotoxoplasmose, e levar a morte.
Ciclo de Vida
1º - Os hospedeiros
definitivos, os felídeos, se contaminam caçando animais infectados (ratos,
outros roedores e aves infectados com o Toxoplasma gondii). No epitélio
intestinal dos felídeos são formados os oocistos imaturos, que ao serem
eliminados com as fezes, contaminam o ambiente e, depois de alguns dias, se
tornam infectantes. Em locais de clima favorável estes oocistos podem ficar
viáveis, e infectar novos animais, por mais de um ano.
2º
- disseminação dos oocistos, na água e no solo, pode
ocasionar uma alta taxa de prevalência da infecção em animais herbívoros. Com a
contaminação do solo e da água as pessoas e os animais podem se infectar de
diversas formas, ao ingerir acidentalmente o oocisto, principalmente as
crianças que brincam com a terra e os trabalhadores rurais.
3º
- Os animais ao serem infectados passam a ser fonte
de contaminação, apenas, para as pessoas que têm hábito de ingerirem carne crua
ou mal cozida e para animais que caçam.
Malária
A malária é causada por protozoários do
gênero Plasmódio e cada uma de suas espécies determina aspectos clínicos
diferentes para a enfermidade. No caso brasileiro, destacam-se três espécies do
parasito: o P. falciparum, o P. vivax e o P. malarie. O protozoário é
transmitido ao homem pelo sangue, geralmente por mosquitos do gênero Anopheles
ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa
infectada em contato com o de outra sadia, como o compartilhamento de seringas
(consumidores de drogas), transfusão de sangue ou até mesmo de mãe para feto,
na gravidez. Apesar de a malária poder infectar animais como aves e répteis, o
tipo humano não ocorre em outras espécies (mesmo ainda sem comprovação, há a
suspeita de que certos tipos de malária possam ser transmitidos, sempre via
mosquito, de macacos para humanos).
Ciclo
de vida
1º O ciclo da malária humana é homem-anofelino-homem.
Geralmente é a fêmea que ataca porque precisa de sangue para garantir o
amadurecimento e a postura dos ovos. Depois de picar um indivíduo infectado, o
parasito desenvolve parte de seu ciclo no mosquito e, quando alcança as
glândulas salivares do inseto, está pronto para ser transmitido para outra
pessoa.
2º Os
parasitos são transportados pela corrente sanguínea até o fígado.
3º Um
mosquito não infectado pica indivíduo infectado e começa um novo ciclo.
Teníase/Cisticercose
São
duas doenças distintas com sintomas e epidemiologia totalmente diferentes,
apesar
de serem causadas pela mesma espécie de cestódeo (parasita).
A
teníase é causada pela Taenia solium e/ou pela Taenia saginata, também
conhecida como “solitária”. Já a cisticercose é causada pelas larvas dessas
espécies de parasitas.
O
homem é o hospedeiro definitivo e consequentemente a principal fonte de
infecção deste parasito, sendo responsável pela transmissão aos animais e a si
próprio.
Teníase – é
adquirida através do consumo de carne crua ou insuficientemente cozida contendo
os cisticercos (larvas).
Cisticercose –
através do consumo de alimentos contaminados com os ovos da tênia, frutas, verduras,
hortaliças que não são higienizados corretamente, através do consumo de água contaminada,
ou ainda, no homem com teníase pode haver a auto-infestação já que os ovos podem
ser encontrados nas mãos do hospedeiro, na região perianal (ânus) e perineal,
nas roupas e até mesmo na mobília da residência.
Ciclo de Vida
Teníase – a teníase é adquirida
pelo homem quando ele ingere carne com o cisticerco (larva) e este evolui para
a forma adulta no intestino delgado. O verme adulto se fixa e começa a expelir
os ovos e proglótides, que são excretados nas fezes humanas e podem contaminar
o solo, a água e os alimentos.
Teníase
Cisticercose – Ao
ingerir ovos viáveis da tênia, estes chegam ao estômago e liberam o embrião que
atravessa a mucosa gástrica, vai para a corrente sanguínea e se distribui pelo corpo,
pode alcançar diversos tecidos (músculos, coração, olhos e cérebro) aonde irá
se desenvolver o cisticerco (larva). Ao atingir o cérebro causam a
Neurocisticercose, que é a forma mais grave da infecção.
Ciclo de Vida
Cisticercose
Vegetais ou animais que estiverem em contato com água ou solo contaminado por
excretas humanas infectadas darão continuidade ao ciclo de vida dos parasitos.
Esquistossomose
Popularmente conhecida como Barriga d'água, a Esquistossomose é uma das piores doenças transmitidas por vermes, típica em países pobres, devido à falta de higiene e saneamento básico.
Ciclo de Vida
Enfermidade causada pelo protozoário Schistosoma.
A transmissão se faz através do contato com água contendo larvas do parasita, resultante de fezes humanas ali depositadas por pessoas infectadas, devido ao descarte de dejetos sanitários sem sistema de saneamento básico
.
Os principais sintomas são: diarréia, febres, cólicas, dores de cabeça, náuseas, tonturas, sonolência, emagrecimento, endurecimento e o aumento de volume do fígado e hemorragias que causam vômitos e fezes escurecidas.
Para saber mais, bibliografia e crédito de imagens:
Professor Ricardo Hisamoto - Biólogo.
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