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Gavião-real
Harpia harpyja (Linnaeus, 1758)
Harpia harpyja (Linnaeus, 1758)
Ordem: Accipitriformes Família: Accipitridae Grupo: Águias-harpias Nome em inglês: Harpy Eagle Habitat: Florestas Alimentação: Macacos, preguiças e aves de médio porte. Distribuição no Brasil: Status: (VU) Vulnerável | Fêmea adulta. Parauapebas/PA, Dez. de 2011. Foto: Silvana Licco
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Fonte:Trata-se de uma das maiores e mais poderosas águias do mundo. Florestal, pode ser encontrada na região amazônica e em alguns pequenos trechos de Mata Atlântica da região sudeste, especialmente no sul da Bahia e norte do Espírito Santo. É uma poderosa predadora, caça desde macacos, preguiças até bugios e outras presas, por vezes com peso/tamanho da própria ave.• Descrição: Mede de 90 a 105 cm de comprimento, sendo a maior águia das Américas e uma das maiores do mundo. Pesa de 4 a 5 kg (machos) e de 7,6 a 9 kg (fêmeas). Possuí asas largas e arredondadas que pode atingir até 2 m de envergadura (Sick, 1997; Ferguson-Lees & Christie, 2001). O adulto apresenta o dorso cinza-escuro quase negro, com peito e abdômen branco, pescoço com colar negro, e cabeça cinza com um penacho bipartido. Apresenta as partes inferiores das asas e calções brancos com estrias negras, e cauda escura com três barras cinzas. O jovem apresenta a plumagem clara, variando do branco ao cinza claro. Demora de 4 a 5 anos para atingir a plumagem adulta. Linnaeus cientista que a descreveu serviu-se do nome dos monstros alados da mitologia grega para designar a mais possante espécie de nosso país.
• Alimentação: A base da sua alimentação é constituída principalmente de mamíferos arborícolas, como preguiças e primatas, e terrestres, como cachorros-do-mato, veados, quatis, tatus e outros (Sick, 1997; Barnet et al. 2011; Miranda 2015). Também captura aves, como seriemas, araras e mutuns, e répteis (Mikich & Bérnils, 2004; Sick, 1997). Graças aos tarsos e garras bem desenvolvidas, com unha do halúx de até 7 cm, consegue capturar presas com mais de 6 kg.Caça por espreita, fica pousada procurando suas presas por longos períodos, o que a torna discreta e pouco notada, apesar de seu grande tamanho (ICMBio, 2008; Robison, 1994). Ao localizar uma presa, desloca com agilidade entre as copas das árvores, capturando suas presas tanto nas árvores quanto no solo. Devido a diferença de tamanho entre os sexos, o casal caça presas diferentes, o macho por ser menor e mais ágil, caçando pequenos mamíferos terrestres e aves, enquanto a fêmea maior e mais lenta, captura macacos e preguiças. Mais sobre alimentação...
Indivíduo adulto com ninho na RPPN Sesc Pantanal, MT Agosto de 2009.
Foto: Flávio Kulaif Ubaid
• Reprodução: É monogâmica, constrói o ninho em formato de plataforma no alto de árvores emergentes, usando geralmente a primeira ramificação da árvore. O ninho é construído com pilhas de galhos e ramos secos (Sick 1997). Coloca até 2 ovos que são esbranquiçados, pesando em média 110 g, com tempo de incubação de aproximadamente 56 dias (Retting, 1978). Somente um filhote sobrevive, com os primeiros voos ocorrendo com 141 a 148 dias de idade. Após sair do ninho, permanece sempre nas proximidades, recebendo alimento dos pais com menor frequência (às vezes, uma vez a cada cinco dias) (Retting, 1978). O jovem mantém um período de dependência dos adultos superior a um ano, o que faz com que os casais se reproduzam a intervalos de pelo menos dois anos (Mikich & Bérnils, 2004; Sick, 1997). Mais sobre reprodução...
• Distribuição geográfica: Ocorre desde o sul do México à Bolívia, nordeste da Argentina e por quase todo o Brasil (Sick, 1997; Ferguson-Lees & Christie, 2001). Porém, é possível que esteja extinta em muitos países da América do Sul. No Brasil, historicamente já foi registrada em quase todos os estados, exceto alguns na região nordeste (Sick, 1997). Atualmente, a maior parte da população remanescente está concentrada na região amazônica e em alguns trechos da Mata Atlântica da região sudeste (sul da Bahia e norte do Espírito Santo), além de registros pontuais no sul do Brasil.• Hábitos/Informações gerais: Habita florestas de planícies e altitudes de até 2.000 m do nível do mar. Vive em extensas áreas de floresta preservadas, podendo ocorrer em pequenos fragmentos isolados desde que haja presas suficientes para sua existência. Seu canto é um assobiado, forte e bem audível à distância. Embora seja uma ave grande, é extremamente discreta, prefere pousar entre a vegetação e não no topo da copa das árvores, raramente voa acima da copa das árvores, também raramente aparece em áreas abertas.Devido ao seu grande porte e imponência, sempre foi troféu cobiçado tanto por índios como por caçadores. Em aldeias indígenas (Xingu), eram mantidas em gaiolas desde filhotes para serem retiradas penas para ornamentos. Para algumas tribos indígenas, a harpia é considerada símbolo de liberdade e altivez. Em outras tribos é mantida em cativeiro como propriedade do cacique, e quando o cacique morre, a ave também é morta ou até enterrada viva com seu dono (Sick, 1997).• Ameaças e Preservação: Dentre as ameaças, o desmatamento, a fragmentação e alteração de hábitats, são as principais causas do desaparecimento da espécie em boa parte do Brasil. Além disso, indivíduos que vivem próximos a áreas habitadas podem sofrer abates por parte de avicultores, com o intuito de evitar ataques à criação (Mikich & Bérnils, 2004). Há também relatos de caça para fins de consumo humano, como já relatado por Freitas et al. (2014) na região da Reserva Biológica Gupuri, Maranhão. A proteção e fiscalização de áreas com ocorência da espécie, educação ambiental, estudos populacionais e monitoramentos, são medidas emergenciais para a conservação da espécie no Brasil.• Status nas listas vermelhas estaduais:
Paraná: CR - Criticamente em perigo (Mikich & Bérnils, 2004). Rio Grande do Sul: CR - Criticamente em perigo (Rio Grande do Sul, 2014). São Paulo: CR - Criticamente em perigo (Silveira et al., 2009). Minas Gerais: CR - Criticamente em Perigo (Copam 2010). Rio de Janeiro: EN - Em Perigo (Alves, et al. 2000). Espírito Santo: CR - Criticamente em Perigo (Simon et al, 2007). Santa Catarina: Criticamente em Perigo (Consema 2011). • Pesquisas: Desde 1997 o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) realiza o projeto gavião-real com o desafio de conhecer e conservar a espécie no Brasil. O projeto conta com a participação vários pesquisadores que monitoram mais de 40 ninhos nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia e outros cinco ninhos no Pantanal e Mata Atlântica.No Paraná, o Refúgio Biológico Bela Vista, da Itaipu Binacional, apresenta um dos maiores projetos de reprodução da espécie no Brasil. Até o inicio de 2015, mais de 20 espécies nasceram em cativeiro. O objetivo do projeto, é realizar, a médio prazo, a reintrodução da espécie.
Registro importante de um indivíduo adulto no Parque Estadual do Turvo/RS. Março de 2015.
Foto: Dante Meller
Menq, W. (2016) Gavião-real (Harpia harpyja) - Aves de Rapina Brasil. Disponível em: < http://www.avesderapinabrasil.com/harpia_harpyja.htm > Acesso em: 27 de Fevereiro de 2017
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A Harpia (Harpia harpyja), é uma das águias mais poderosas, e está entre as três maiores do mundo.
Data Comparison
* Harpy Eagle 203 cm envergadura
Source: Ferguson-Lees, J.; Christie, D. (2001). Raptors of the World. London: Christopher Helm. ISBN 0-7136-8026-1.
Por G1: http://glo.bo/1NwNlhb
Harpia é a maior águia encontrada no Brasil e corre o risco de desaparecer
As asas abertas da harpia, também conhecida como gavião-real, chega a 2 metros. Animal caça mamíferos com mais de 6 quilos.
De asas largas, tarsos e garras bem desenvolvidos, com a unha medindo até 7 centímetros, consegue capturar presas com mais de 6 quilos. Alimenta-se de mamíferos: preguiças, primatas, veados, quatis e algumas aves como seriemas, araras, além de répteis.
Discreta, apesar do tamanho, a ave fica à espreita, em busca de presas por longos períodos. A diferença de tamanho entre o macho e a fêmea os fazem capturar presas diferentes. Enquanto o macho, menor e mais ágil, caça mamíferos terrestres e aves, a fêmea, maior e mais lenta, busca macacos e preguiças.
O casal é monogâmico e constrói ninhos em formato de plataforma no alto das árvores, principalmente as da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica. Devido ao desmatamento e alteração do hábitat, a ave é dificilmente avistada em boa parte do Brasil.
Desde 1997 é estudada pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) através do projeto Gavião Real, que busca conhecer e conservar a espécie no País.
Para saber mais e fontes:
Professor Ricardo Hisamoto - Biólogo.
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