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Direto do ISA
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O trabalho com o mel realizado pela Associação Terra Indígena do Xingu (Atix) foi escolhido entre 800 organizações de 120 países. O Prêmio Equatorial é um importante reconhecimento de iniciativas que trabalham pelo desenvolvimento sustentável ao redor do mundo - Blog do Xingu/ISA, 30/7. |
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Viu a greve geral, mas não sabe a quantas anda o reconhecimento das Terras Indígenas e Unidades de Conservação no Brasil? No Fique sabendo da semana de 25 a 30 de junho você descobre oito fatos importantes que, se não viu, tem que ver - Blog do Monitoramento/ISA, 30/6. |
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Amazônia
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Até 19 de junho, a Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará, esteve sob o risco de perder, oficialmente, quase 40% de sua área. Com 1,3 milhão de hectares. Só no ano passado, quase 70% do desmatamento realizado em áreas de conservação federal ocorreram em Jamanxim. Sob pressão de um grupo de invasores interessados em regularizar as áreas, criou-se uma medida provisória para transformar quase 600.000 hectares da floresta numa área de proteção ambiental (APA), que, diferentemente das outras categorias, permite a exploração comercial. Empresários assinaram uma carta para que o presidente Michel Temer vetasse a medida. A pressão veio também de celebridades. Deu certo. A discussão, porém, parece longe de acabar. A proposta deve voltar ao Congresso, dessa vez como um projeto de lei, para transformar 486 000 hectares da floresta em APA - Revista Exame, 29/6. |
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Os últimos dados do Prodes, sistema do governo que monitora com satélites o desmatamento da Amazônia, mostram que o ritmo de destruição da floresta cresceu cerca de 30% de agosto de 2015 a julho de 2016. Foram quase 8.000 quilômetros quadrados eliminados em um ano - algo como derrubar 128 campos de futebol de floresta por hora, ou uma área equivalente à região metropolitana de São Paulo nesse período. É a maior extensão desmatada desde 2008 na Amazônia Legal. Boa parte do avanço concentrou-se nos estados de Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. Trata-se de um retrocesso histórico. Em 2004, o Brasil perdeu quase 28 000 quilômetros quadrados de floresta. Dali em diante, até 2014, o ritmo de desmatamento caiu 80%. Em 2015, os satélites voltaram a registrar alta - naquele ano, de 24%. Em 2016, o incremento de 29% - Revista Exame, 29/6. |
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"Na tentativa, em vão, de preparar-se para chegar à Noruega e evitar o que aconteceu, Temer vetou a Medida Provisória 756 que enviara ao Congresso, e que fora aprovada, para reduzir a área protegida da Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará. O veto da MP de pouco ou nada adianta. Tampouco a transformação de grande parte da floresta em Área de Proteção Ambiental (APA), porque esta não estabelece as limitações da Flona. Acena-se, ainda, com o encaminhamento de projeto de lei sobre Jamanxim, porta escancarada para que a bancada ruralista e outras legalizem o tipo de exploração que pretendem praticar na região. Acrescente-se a tudo que, por depender de votos na Câmara para não ser processado por corrupção no Supremo, a pedido da Procuradoria-Geral da República, não será Temer que contrariará fortes interesses no Congresso. O de madeireiras e pecuaristas amazônicos ilegais é um deles" editorial - O Globo, 2/7, Opinião, p14. |
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Povos Indígenas
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Recém-publicado, apenas em inglês, pela editora suíça Springer International Publishing, "Gay Indians in Brazil: Untold stories of the colonization of indigenous sexualities" ("Índios gays no Brasil: a história não contada sobre a colonização de sexualidades indígenas", em tradução livre) argumenta que a homossexualidade era comum e bastante aceita entre os índios brasileiros antes da colonização. Nós os ensinamos a ter preconceito - afirma Estevão Fernandes, antropólogo e um dos autores do livro. O poder colonial, com o processo missionário, tentou "domesticar" a sexualidade indígena, em uma verdadeira doutrinação dos corpos: proibição de relações homossexuais, da nudez, da poligamia, tudo isso era politicamente importante para garantir o controle do novo território e sobre a população - afirma a antropóloga Barbara Arisi, que também assina a publicação - O Globo, 1/7, Sociedade, p.23. |
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Quando cheguei em campo, os Matis estavam muito interessados na nossa vida sexual. A pornografia era uma coisa nova e eles queriam entender. Viam beijo na boca ou sexo oral, que começavam a experimentar por causa dos filmes - conta Barbara Arisi, que morou por um ano com a tribo do Amazonas, cujo primeiro contato com os brancos data dos anos 1970. Em uma oficina com os Xavante, do Mato Grosso, Estevão Fernandes foi interpelado pelas mulheres da tribo. Elas estavam preocupadas porque seus companheiros queriam tentar posições sexuais que as lembravam de cachorros. A novidade havia sido importada dos filmes. Mesmo a academia ignora esses aspectos, talvez porque ainda queiramos manter uma imagem romântica, idealizada do índio. Ou talvez porque a ciência seja careta demais para dar conta da realidade - diz Barbara - O Globo, 1/7, Sociedade, p.23. |
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Cidades
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Visto de cima, o Rio continua lindo. Segundo um levantamento da Câmara Metropolitana do Rio de Janeiro, a Região Metropolitana, composta por 21 cidades, preserva 36,27% do território ocupado por áreas verdes (2.444 quilômetros quadrados). Nessa mancha, 16,47% (1.110 quilômetros quadrados) são espaços protegidos, como parques, reservas e estações ecológicas. Feita a partir do cruzamento de fotos aéreas e dados de ocupação do solo do IBGE, a pesquisa é um dos destaques do primeiro mapa oficial da Região Metropolitana do Rio, que será lançado hoje. O diretor-executivo da Câmara Metropolitana, Vicente Loureiro, acredita que o resultado é um incentivo às políticas de preservação de matas, florestas e parques na região - O Globo, 1/7, Rio, p.12. |
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Em meio ao cenário paradisíaco, que atrai turistas do mundo inteiro a Florianópolis, é uma casual briga de condomínio o pano de fundo para a sentença que pode levar abaixo um resort de quase R$ 200 milhões e cinco baladas à beira-mar, os beach clubs, na praia de Jurerê Internacional. Nas ruas do bairro, as denúncias de corrupção e de construções em áreas públicas de proteção ambiental, que resultaram na ordem de demolição dos seis imóveis (a última no dia 21), ficam em segundo plano diante, de um lado, das insatisfações sobre barulho e transtornos causados pelos clubes e, de outro, do temor de mudanças na praia e da iminente perda de turistas caso a decisão seja executada. O consenso é a crença quase nula de que as demolições, ordenadas em duas decisões de primeira instância, de fato ocorram um dia - OESP, 3/7, Metrópole, p.A16. |
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"O prefeito de Londres acaba de mandar ao Legislativo da capital inglesa propostas para radicalizar a redução do trânsito de automóveis e emissões de gases de efeito estufa. Elas preveem que nenhum veículo poluente circule na cidade. E quando será isso? Em 2050. Parece muito? Pode ser, mas o longo prazo permite um debate intenso ao final do qual, se aprovadas, as leis serão implantadas, progressivamente, sem que um sucessor as cancele. São Paulo tem muito a aprender com a discussão londrina. Mas a lição mais importante é sobre o processo legislativo. Quando foi a última vez que um congressista brasileiro propôs algo para daqui a 33 anos? Nossa sociedade age como se o mundo fosse acabar antes disso. Nem 33, nem 23, nem três anos. Estamos discutindo a lei eleitoral para o ano que vem. Os políticos só pensam nos seus mandatos. Depois, o dilúvio", artigo de Leão Serva - FSP, 3/7, Cotidiano, p.B2. |
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Geral
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Mercado defenderá acordo climático com ou sem Trump
As empresas americanas serão grandes defensoras do Acordo de Paris depois da retirada decidida pelo presidente Donald Trump, afirma o físico nuclear Ernest Moniz, 72, secretário de Energia na gestão Obama que negociou o acordo com outros 194 países em 2015. "Os presidentes das grandes empresas pensam a longo prazo e sabem das oportunidades bilionárias da nova economia de baixo carbono', disse ele, em entrevista. Ele nega que eficiência energética seja responsável por desemprego e aposta que a China e outros países já estão ocupando o "vácuo" deixado pela liderança americana. Moniz é professor de física no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, desde 1973. Desde que deixou o governo, em janeiro, voltou ao MIT e está criando um centro de estudos para medir os impactos da descarbonização - FSP, 1/7, Ciência, p.B7. |
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A bandeira tarifária que será aplicada nas contas de luz de todos os consumidores do Brasil em julho será amarela. Ou seja, haverá uma cobrança extra de R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos em todas as residências e no comércio. A bandeira amarela é ativada quando é preciso acionar mais usinas termelétricas, por causa da falta de chuvas. A informação foi divulgada sexta-feira pela Aneel. O sistema de bandeiras tarifárias é uma forma encontrada pela agência reguladora de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara e mais poluente do que a de hidrelétricas - O Globo, 1/7, Economia, p.19. |
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