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Amazônia
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Fora da Reserva Nacional do Cobre (Renca), na Amazônia, grandes áreas do Cerrado no Amapá têm sido desmatadas irregularmente. Esses territórios vêm perdendo espaço para plantações de soja. Só entre junho e julho, o Ibama embargou 36 áreas no Amapá, na Operação Nova Fronteira, por plantio irregular de soja em áreas de proteção permanente ou reserva legal. Ao todo, foram bloqueados 10.234 hectares de terras. As multas aplicadas pelo órgão federal contra os responsáveis pelo desmatamento e plantações ilegais somam R$ 57,655 milhões - OESP, 28/9, Metrópole, p.A18. |
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Relatório projeta danos de um eventual vazamento de óleo na foz do Amazonas
Um vazamento de petróleo na bacia da foz do rio Amazonas tem até 72% de probabilidade de atingir Trinidad e Tobago, no pior cenário. Além disso, seria desastroso para a segurança alimentar e subsistência de comunidades de pescadores que vivem no Amapá e Pará. Poderia danificar seriamente uma das mais importantes descobertas da ecologia marinha das últimas décadas - os recifes de corais da foz do Amazonas. Estes dados estão no estudo "Amazônia em águas profundas: como o petróleo ameaça os corais da Amazônia", feito por pesquisadores contratados pelo Greenpeace. O trabalho, que será lançado hoje, analisa os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) apresentados ao Ibama pelas empresas interessadas na exploração na área, a francesa Total e a britânica BP - Valor Econômico, 28/9, Brasil, p.A2. |
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"O presidente Michel Temer (PMDB) tomou enfim a primeira medida sensata no imbróglio que envolve a Renca. O presidente se comporta há tempos como incendiário em assuntos ambientais, fundiários e indígenas. Achacado de modo contínuo e eficiente pela bancada ruralista no Congresso, vem acatando todos os seus pleitos. O caso Renca, nesse sentido, serviu apenas como o rastilho. Espera-se que Temer, ora chamuscado, entenda que não há como abrir áreas da Amazônia para exploração mineral sem um mínimo de respaldo na sociedade", editorial - FSP, 28/9, Editoriais, p.A2. |
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Queimadas
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Um incêndio controlado só no domingo (24) destruiu 1.200 hectares de mata atlântica na serra da Bocaina, divisa de SP com RJ. A Chapada dos Guimarães, em MT, perdeu 4.300 hectares entre agosto e setembro. No parque da Ilha Grande (divisa de MS com o PR), chamas queimaram 35 mil hectares. O Parque Nacional do Araguaia, no TO, também sofre com o fogo. Este ano vem batendo recordes de queimadas. Só nos primeiros 27 dias de setembro, o sistema de monitoramento do Inpe já identificou 105 mil focos de incêndio, recorde desde que o instituto começou a monitorá-los, em 1998. Em setembro de 2016, foram 44 mil focos. A média para o mês é 55 mil. "Nessa época do ano, praticamente 100% dos incêndios são causados por ação humana", diz Gabriel Zacharias, coordenador do Prevfogo, órgão do Ibama - FSP, 28/9, Cotidiano, p.B6. |
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Biodiversidade
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A presença de um gavião-real, uma das maiores aves de rapina do mundo, foi documentada no Estado de São Paulo pela primeira vez em ao menos 20 anos. O canto da harpia -a outra denominação do pássaro-, foi registrado pelo biólogo Bruno Lima em 2012, na região do rio Preto, em Itanhaém, e depositado na semana passada na plataforma Wikiaves, fórum utilizado para divulgação prévia de resultados da área. O gavião-real é considerado criticamente ameaçado em SP- FSP, 28/9, Ciência, p.B7. |
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Até bem pouco tempo, o mel fabricado pelas abelhas nativas brasileiras e sem ferrão, as Meliponas, nem podia ser chamado de mel, uma vez que é muito mais viscoso que o mel das abelhas Apis mellifera (as abelhas-europeias, aquelas amarelas e pretas com ferrão) e não era reconhecido como mel pela legislação que trata de produtos de origem animal. Mas depois de cair no gosto de chefs brasileiros, essas abelhas emplacaram não só o seu mel, como agora também o pólen, que entrou em algumas das cozinhas mais inovadoras e criativas do País - OESP, 28/9, Paladar, p.D1. |
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Na última semana, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) entregou um prêmio à Associação Terra Indígena do Xingu (Atix) pela autocertificação orgânica do Mel dos Índios do Xingu. O produto envolve cem apicultores de 39 aldeias dos povos Yudjá, Kawaiwete, Kisêdjê e Ikpeng. A certificação orgânica sempre foi um desafio para os povos do Xingu, uma vez que custa caro e tem regras que não levam em conta particularidades dos indígenas - OESP, 28/9, Paladar, p.D1. |
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O jacaré-de-papo-amarelo costuma ser vítima da caça pelo valor comercial de seu couro e de sua carne, e também pela diminuição do seu habitat, a mata atlântica -o que faz com que ele se aproxime de áreas mais urbanizadas. O jacaré-de-papo-amarelo não consta na lista oficial de animais ameaçados de extinção, mas uma avaliação de risco de 2013 do ICMBio afirma que a elevada pressão de caça em algumas regiões pode afetar o fluxo gênico entre populações da espécie, o que merece atenção - FSP, 28/9, Ciência, p.B7. |
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"Após duas décadas de derrotas, o vento sopra a favor do mel de nossas 240 abelhas indígenas (Meliponas), e de muitas áreas naturais e comunidades, o que turbina a contribuição desse extraordinário e versátil ingrediente para o uso sustentável do capital natural. A primeira vem do mundo das normativas. De março para cá, tivemos novo Regulamento de Inspeção de Produtos Animais - que continuava o mesmo desde 1953 - e o reconhecimento das especificidades do produto da meliponicultura na agroindústria de pequeno porte (junto com a apicultura, que trata da abelha exótica). Assim hoje sabemos o que é uma casa do mel, um entreposto, uma unidade móvel de extração. Por sinal, teremos de apelidar o produto de mel de abelha sem ferrão", artigo de Roberto Smeraldi - OESP, 28/9, Paladar, p.D3. |
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