sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Propostas de governo e Congresso para Jamanxim também beneficiam mineradoras

Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Amazônia, Áreas Protegidas, Cerrado, Cidades, Licenciamento Ambiental, Mineração, Povos Indígenas, Seca
Ano 17
01/09/2017

 

Direto do ISA

 
  Não é só na região da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), entre Pará e Amapá, que áreas protegidas estão sob ataque para beneficiar a mineração. A Floresta Nacional do Jamanxim, no sudoeste do Pará, também está na mira. Organizações ambientalistas avaliam impactos das novas emendas propostas pelo Congresso para o projeto de lei sobre Jamanxim, apresentado pelo governo - Direto do ISA, 1/9.
  Passeata na Av. Paulista, em São Paulo (SP), reuniu três mil indígenas e apoiadores contra a “des-declaração” da Terra Indígena (TI) Jaraguá. Em Brasília, ministro da Justiça recebeu lideranças indígenas e reafirmou pacto com ruralistas - Direto do ISA, 31/8.
  Foirn (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro) apresentou diagnóstico que mostra desafios e potencialidades sobre a comunicação a seus diretores e funcionários durante oficina em São Gabriel da Cachoeira - Blog do Rio Negro/SA, 31/8.
  Esta semana foi marcada por manifestações contra retrocessos socioambientais e nos direitos indígenas. Na terça (29), após uma semana protestos, a Justiça Federal acatou ação popular e suspendeu a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), decretada pelo presidente Michel Temer. E na quarta (30), os Guarani ocuparam a secretaria da Presidência da República na Avenida Paulista e também protestaram em Brasília contra a anulação da portaria declaratória da Terra Indígena Jaraguá - Blog do Monitoramento/ISA, 1/9.
  
 

Amazônia

 
  Após a polêmica envolvendo a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), o governo recuou e determinou a paralisação de todos os procedimentos relativos à atividade de mineradoras na área localizada entre o Pará e o Amapá. Na prática, a decisão não revoga o decreto assinado pelo presidente Michel Temer, mas suspende, por ora, a permissão para que a exploração mineral avance sobre a região amazônica. Agora, o tema será aberto para debate com a sociedade por 120 dias - OESP, 1/9, Metrópole, p.A14; FSP, 1/9, Ciência, p.B7; O Globo, 1/9, Economia, p.15; Valor Econômico, 1/9, Brasil, p.A2.
  "O decreto presidencial que extingue a Renca é mais um episódio em uma série que, suspeita-se, está longe de acabar. O presidente Michel Temer se aliou às camadas mais retrógradas do Congresso em troca de apoio político por sua permanência. O preço da aliança tem sido extremamente caro ao país. No caso da Renca, as empresas de mineração são as principais interessadas. O atual governo não parece ter a menor noção do que está em jogo na Amazônia - na melhor hipótese. Na pior, sabe e se lixa para isso. O cumprimento do Acordo de Paris passou a depender da barganha política cotidiana, onde o provincianismo dá as mãos a interesses econômicos claros e poderosos, em mútuo proveito e em detrimento do ambiente", editorial - Valor Econômico, 1/9, Opinião, p.A10.
  "Arreganhando uma área da Amazônia onde caberia a Dinamarca inteira para saciar os desejos vorazes da mineração (olha ela aí!), esse senhor rejeitado por um país inteiro escava sem piedade nossos nervos já tão abalados. Enquanto houver uma árvore de pé, uma tribo que resista, um rio de onde pule um peixe, políticos e empresários estarão na pista para negócios. Obviamente para negociar o que não lhes pertence, como de costume. Fico pensando que realmente Temer não está interessado, nem um pingo, em ficar na História com alguma pequena glória que seja. Nem a vaidade, armadilha demoníaca tão conhecida, serve de freio para suas atitudes. Ele bem podia pensar, 'O.k., dei um golpe, mas vou fazer aqui uma coisa boa que ninguém espera'. Não, ele só faz piorar os absurdos", artigo de Zélia Duncan - O Globo, 1/9, Segundo Caderno, p.2.
  
 

Geral

 
  O único jeito de preservar a diversidade de espécies do cerrado é queimá-lo de vez em quando. Sem a presença intermitente do fogo, as plantas típicas desse ambiente correm o risco de sumir, dando lugar a uma formação florestal relativamente empobrecida, revela um estudo feito no interior paulista. As áreas de cerrado do município de Águas de Santa Bárbara (SP) que passaram três décadas sem serem tocadas pelas chamas devem ter perdido 27% de suas espécies vegetais e 35% de suas espécies de formigas. Se a conta incluir somente os "especialistas" em cerrado, que vivem apenas nesse bioma, o cenário fica ainda mais desanimador: perda de 67% das plantas e 86% das formigas. Giselda Durigan e outros pesquisadores estão publicando os dados na edição desta semana da revista "Science Advances" FSP, 1/9, Ciência, p.B7.
  O vereador Gilberto Natalini (PV) levou ao Ministério Público do Estado as denúncias de irregularidades no setor de licenças e compensações ambientais para a realização de obras na cidade de Sâo Paulo. Ele já tinha apresentado os documentos à Controladoria Geral do Município quando ainda era secretário do Verde e do Meio Ambiente. A controladora-geral Laura Mendes de Barros foi demitida por Doria logo depois de receber as denúncias. Natalini foi exonerado um dia depois dela. "A queda [de Laura] atrapalhou a investigação", acredita o vereador, que decidiu então encaminhar os documentos para os procuradores - FSP, 1/9, Coluna de Mônica Bergamo, p.C2.
  Uma em cada cinco cidades brasileiras teve perda na população de 2001 para 2017, de acordo com dados do IBGE. A grande parte das que encolheram, porém, são médias ou pequenas. Entre os 310 municípios com mais de 100 mil habitantes no país, só três registraram queda: Ilhéus (BA), Foz do Iguaçu (PR) e Lages (SC). Veja mapeamento do tamanho da população nos municípios brasileiros, segundo novas estimativas do IBGE - FSP, 1/9, Cotidiano, p.B4.
  
 
Imagens Socioambientais

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