terça-feira, 31 de outubro de 2017

Com orçamento em queda, Funai gasta apenas R$ 12 por índio em 2017

Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Agrotóxicos, Amazônia, Biodiversidade, Clima, Desmatamento, Energia, Mineração, Oceanos, Povos Indígenas, Trabalho Escravo, UCs, Livros
Ano 17
31/10/2017

 

Povos Indígenas

 
  Enquanto ruralistas acumulam benesses, órgão que cuida de direitos indígenas sofre desmantelamento - The Intercept Brasil, 30/10.
  Por não cumprir com o plano básico ambiental indígena, o Ministério Público Federal em Mato Grosso recomendou ao Ibama a anulação da Licença de Operação da Usina Hidrelétrica de São Manoel, que fica entre o Pará e Mato Grosso. A recomendação é resultado também do acompanhamento do licenciamento ambiental da usina em relação aos impactos socioambientais sobre os povos indígenas Kayabi, Apiaká e Munduruku - MPF, 30/10.
  Desde que uma avalanche de 55 milhões de metros cúbicos de lama tóxica invadiu o Rio Doce, em novembro de 2015, os índios Krenak perderam, da noite para o dia, os principais elementos que compunham o seu estilo de vida, seus meios de subsistência, cultura e religião. Vivem um luto sem data para terminar. Água e comida ficaram quase impossíveis, remédios passaram a ser comprados na farmácia - antes da contaminação pelos rejeitos de minério, as plantas bastavam - e os rituais religiosos e festivos outrora realizados às margens do Rio Doce tiveram seu sentido esvaziado. O retrato desse luto poderá ser visto em uma série que estreia dia 8 de novembro no Canal Futura. Dividida em cinco episódios, "Krenak, vivos na natureza morta" mostra como o povo teve que adaptar seus hábitos para continuar vivendo ali depois do desastre - O Globo, 31/10, País, p.6.
  
 

Mudanças Climáticas

 
  Desnutrida, menos produtiva, mais vulnerável a doenças infecciosas e catástrofes naturais. A população mundial está cada vez mais exposta a enfermidades como consequência direta e indireta das mudanças climáticas. Os danos à saúde provocados por eventos extremos foram tema de um estudo internacional publicado na revista "Lancet". Segundo seus autores, as transformações ambientais provocadas pelo homem ameaçam minar os progressos realizados pela medicina nos últimos 50 anos - O Globo, 31/10, Sociedade, p.29.
  A concentração de CO2 na atmosfera, responsável pelo aquecimento global, alcançou um nível recorde em 2016. Foi o que anunciou ontem a Organização Meteorológica Mundial, que adverte sobre um "aumento perigoso da temperatura" do planeta. A agência ressaltou que a ação humana e o "poderoso" fenômeno climático El Niño são os principais responsáveis pelo resultado. "A última vez que a Terra conheceu uma quantidade de CO2 comparável ocorreu há entre três e cinco milhões de anos: a temperatura era entre 2 e 3 graus Celsius maior e o nível do mar era dez ou 20 metros mais elevado que o nível atual", alertou a agência, num sinal do que pode acontecer sem o controle do aquecimento global - O Globo, 31/10, Sociedade, p.29.
  
 

Energia

 
  Os ágios oferecidos nos leilões do pré-sal de sexta (27) vão garantir ao governo federal uma arrecadação adicional de R$ 200 bilhões durante a vida útil dos projetos. A conta, feita pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), considera o volume adicional de petróleo que será entregue à União pelos consórcios vencedores. Antes dos leilões, a expectativa da agência era que a arrecadação com royalties, impostos e petróleo das áreas oferecidas nos leilões poderia chegar a R$ 400 bilhões em 30 anos. Ontem, considerando os altos ágios, a agência fez um novo cálculo, chegando a R$ 600 bilhões. Na sexta, a ANP vendeu seis áreas do pré-sal em leilão - FSP, 31/10, Mercado, p.A28; OESP, 31/10, Economia, p.B7.
  O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse ontem que o governo cogita autorizar o uso de um número maior de usinas térmicas mais caras para poupar água nos reservatórios das hidrelétricas, que estão com nível baixo - FSP, 31/10, Mercado, p.A28.
  
 

Geral

 
  O custo de reduzir a zero o desmatamento no Brasil é muito baixo. Erradicar a derrubada de áreas de floresta amazônica, cerrado e mata atlântica -principais biomas brasileiros para a produção agropecuária- diminuiria em R$ 46,5 bilhões o PIB acumulado até 2030. A cifra está no estudo "Qual o Impacto do Desmatamento Zero no Brasil?", lançado pelo Instituto Escolhas ontem. Ela corresponde a R$ 3,1 bilhões anuais, menos de um terço do subsídio incluído no Plano Safra 2017/18 (R$ 10 bilhões). FSP, 31/10, Mercado, p.A32 e A33.
  Nova métrica do Banco Mundial eleva de 8,9 milhões para 45,5 milhões o número de brasileiros considerados pobres - 1/5 da população. Segundo o critério adotado a partir deste mês, estão abaixo da linha da pobreza no país aqueles que vivem com menos de US$ 5,50 por dia - antes o corte era de US$ 1,90 - FSP, 31/10, Mercado, p.A23.
  O número de turistas que visitam parques nacionais brasileiros, como o de Foz do Iguaçu e da Chapada dos Veadeiros, voltará a crescer em 2017, segundo a Euromonitor. A projeção é de um aumento de 11,5% após uma queda de 12% em 2016, em relação a 2015. A estimativa é superior à alta de 2% prevista para o mercado de viagens domésticas como um todo - FSP, 31/10, Mercado Aberto, p.A26.
  Em um seminário com procuradores ontem, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, voltou a chamar a portaria do governo federal que restringiu o conceito de trabalho escravo de "claro retrocesso" e sugeriu mudanças na legislação para endurecer as punições a quem emprega esse tipo de trabalho - FSP, 31/10, Mercado, p.A31.
  Emissões de carbono explodem no Brasil e anunciam desastre ambiental. Por Nabil Bonduki - FSP, 31/10, Opinião, p.A4.
  
 
Imagens Socioambientais

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