Por cerca de dois anos e meio, o Centro de Recebimento de Animais Silvestres do Parque Ecológico do Tietê (CRAS-PET), local para onde a maioria dos animais silvestres apreendidos em São Paulo é levada para receber cuidados veterinários e poder se recuperar e reabilitar, enviou para a Polícia Federal as denúncias sobre pássaros que chegavam com anilhas falsas, suspeitos de terem sido vitimas de tráfico de animais silvestres.
Essas denúncias e as investigações que geraram estavam fazendo com que os traficantes de animais se assustassem. O número de doações de animais ao CRAS-PET aumentou, com pessoas que sabiam ter animais ilegais devolvendo os mesmos, com medo de sofrerem um processo criminal federal.
Porém, em agosto do ano de 2017, o atual delegado de meio ambiente da Polícia Federal em São Paulo enviou um ofício ao CRAS-PET informando que não mais receberia quaisquer denúncias sobre o tráfico de animais silvestres, e que estas deveriam ser enviadas à Polícia Civil.
A Polícia Civil não possui especialistas que possam ver a falsidade ou não de anilhas, e as investigações sobre os animais traficados pararam por causa disto, voltando à impunidade de sempre.
Por favor, Polícia Federal, não deixe de investigar o tráfico de animais silvestres! A maioria dos animais é capturada nos estados do Nordeste, Centro Oeste e Nordeste e vendido em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais (quando não são enviados ao exterior).
O tráfico de animais silvestres cruza as fronteiras dos estados e atinge um bem da União, que é a fauna, a qual é de todos os cidadãos do Brasil. Esse é um crime federal, e não deveria ser ignorado pela Polícia Federal.
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